Vivemos
numa sociedade marcada pela fragilidade das relações humanas. É comum ouvirmos
pessoas dizendo que amam um animal de estimação, que gostam de uma roupa, que
fazem um esforço enorme para comprar um carro. Facilmente conseguem expressar seus
sentimentos quanto às coisas, mas são incapazes ou tem dificuldades em
demonstrar tais sentimentos para com outras pessoas e com sua fé. Temos que
superar a lógica do possuir e adentrar no ritmo do amor, a começar na família!
Talvez, um dos locais mais difíceis de evangelização.
É na
convivência diária familiar que encontramos o local por excelência do amor
fraterno entre esposo e esposa, pais e filhos, irmãos e irmãs. Perdoar,
escutar, amar são expressões que constituem a base familiar. Cristo dá o testemunho,
será que nós estamos dispostos a amar e lutar pela nossa família na edificação
do povo de Deus?
O Código de Direito Canônico afirma no cân.226 §1 - “os que vivem no
estado conjugal, segundo a própria vocação, têm o dever peculiar de trabalhar
pelo matrimônio e pela família, na construção do povo de Deus.” A família é o
local do amor, é o centro irradiador do anúncio da Boa-Nova, é a Igreja
doméstica!
Afirma
o Concílio Vaticano II na Gaudium et Spes (52) que “a família -
na qual se congregam diferentes gerações que reciprocamente se ajudam a
alcançar a sabedoria mais plena e conciliar os direitos pessoais com as
exigências da vida social - constitui assim o fundamento da sociedade”.
Em conformidade com o Concílio Vaticano II e com o Direito Canônico, essa
pequena comunidade cristã se une a comunidade Igreja e juntas edificam e
constituem o Povo de Deus na defesa da vida e da fé. Ouçamos sempre o mandado
de Jesus Cristo: “Ide por todo o mundo, proclamai o evangelho a toda
criatura”(Mc 16, 15).
Pe.
José Carlos Linhares Pontes Júnior
Missionário
Redentorista
Fonte: http://isaiasmendes.blogspot.com.br
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